Mercado imobiliário da Flórida enfrenta desaceleração: vendas caem até 23%

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O mercado imobiliário do sul da Flórida registrou uma queda significativa nas vendas em abril, com destaque para as regiões metropolitanas de Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach. Segundo dados da empresa de tecnologia imobiliária Redfin, as transações residenciais caíram 23% em Miami, 19% em Fort Lauderdale e 14% em West Palm Beach, na comparação com o mesmo mês de 2024. Essas três localidades lideraram o ranking de retração entre as 50 maiores áreas metropolitanas dos Estados Unidos.

O cenário reflete uma desaceleração mais ampla no setor, especialmente no segmento de alto padrão. De acordo com o Zillow Group, 18% das residências de luxo listadas à venda na Flórida tiveram seus preços reduzidos em abril, indicando uma tendência de desvalorização do mercado.

Entre os principais fatores que explicam esse movimento estão a redução do fluxo migratório para o estado, o aumento dos custos com seguros residenciais e hipotecas, além da inflação que continua pressionando o poder de compra dos consumidores.

O tempo médio para a venda de uma propriedade também aumentou. Em Miami, um imóvel leva, em média, 81 dias para ser vendido — quase o dobro do registrado durante o auge da procura, em 2022. Já em West Palm Beach e Fort Lauderdale, o tempo médio é ainda maior: 83 dias.

A pressão sobre os preços se intensifica à medida que o estoque de imóveis cresce. Em abril, o número de propriedades à venda no condado de Miami-Dade subiu 43% em comparação ao ano anterior, segundo relatório da associação Miami Realtors. Além disso, quase 5% das transações fechadas em Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach ocorreram por valores inferiores ao anunciado.

Apesar de a média estadual indicar uma queda de apenas 1,7% nos preços em março, a tendência é de cautela. Especialistas do setor acompanham de perto o comportamento do mercado no sul da Flórida, considerado um termômetro para outras regiões do país.

A expectativa é de que o setor leve algum tempo para se ajustar, especialmente diante de um ambiente econômico ainda instável e menos favorável ao crédito. Enquanto isso, compradores ganham mais poder de negociação, enquanto vendedores precisam recalibrar suas expectativas.

Sobre o Autor:
Redação Entre Fronteiras
Grupo de Brasileiros focados em auxiliar empreendedores nos Estados Unidos da América.

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