Veteranos sem cidadania vivem sob risco de deportação com nova política de imigração
https://www.gazetanews.com/imigracao/2025/09/504693-veteranos-sem-cidadania-temem-deportacao-em-meio-a-politica-migratoria-de-trump.html
Julio Torres é veterano dos Fuzileiros que hoje vive com medo da deportação. Nascido no México e criado nos Estados Unidos, foi residente legal desde criança e serviu no Iraque. Mesmo assim carrega acusações antigas ligadas ao vício e ao transtorno pós-traumático (PTSD). Ele se sente traído e teme que medidas de imigração da era Trump tornem impossível conseguir cidadania. O caso expõe um problema que atinge mais de 100 mil veteranos — e há esforços no Congresso para mudar as regras.
Caso de Julio Torres
- Julio Torres serviu nos Fuzileiros Navais dos EUA e voltou do Iraque com PTSD.
- Acusações antigas relacionadas ao vício levaram à sua detenção em 2023 ao regressar de viagem, um fenômeno descrito entre os titulares de green card que enfrentam prisões ao tentar reentrar nos EUA.
- Torres relata que o medo da deportação piora seu quadro de saúde mental e o faz sentir-se traído pelo país que serviu.
Números e contexto
- Estima-se que mais de 100 mil veteranos não têm cidadania americana; casos semelhantes já foram documentados, como o de um veterano da Marinha que enfrentou detenção familiar.
- Muitos foram recrutados com a promessa de acesso facilitado à naturalização.
- Regras e políticas recentes, amplificadas pela administração Trump, tornaram a naturalização mais difícil para esses militares, especialmente após a reavaliação de leis antigas proposta pelo governo.
Consequências reais
- O caso de David Bariu ilustra os riscos: deportado em 2008, entrou em depressão e chegou a correr perigo em uma área controlada pelo Al-Shabaab. Bariu retornou aos EUA graças a um programa de reintegração no governo Biden e hoje ajuda outros ex-militares afetados pela deportação — um exemplo do impacto das remoções aceleradas.
- O aumento das operações de imigração e parcerias entre agências também intensificou prisões e transferências rápidas, conforme relatos sobre como DHS e ICE têm firmado alianças com autoridades locais para reforçar ações de deportação.
Ação no Congresso
- Parlamentares democratas e alguns republicanos propõem facilitar a cidadania de militares e familiares, inclusive permitindo pedir naturalização já no treinamento básico.
- A proposta enfrenta resistência entre setores republicanos; críticos apontam que a administração Trump ampliou medidas que retiraram proteções anteriormente concedidas a veteranos, ao mesmo tempo em que planeja reforçar operações, como demonstrado por iniciativas que pretendem aumentar o efetivo para deportações.
- A disputa é tanto legal quanto política, com impacto direto na saúde mental e estabilidade familiar dos ex-militares — em alguns casos culminando em decisões judiciais sobre o uso de normas antigas e procedimentos acelerados, como discutido em matérias sobre juízes que impediram o uso de leis antigas para deportações.
Apelo dos defensores
- Grupos de defesa pedem que o tema seja tratado como direitos dos veteranos, não apenas como questão migratória.
- Acelerar a cidadania pode prevenir rupturas familiares, reduzir efeitos do vício e aliviar sintomas de PTSD entre quem serviu, além de aliviar impactos econômicos locais documentados em estudos sobre como o medo de deportação afasta imigrantes do trabalho e prejudica comunidades.
Resumo dos pontos principais
- Muitos que serviram não têm cidadania.
- Políticas recentes aumentaram o risco de deportação desses veteranos.
- Há projetos de lei no Congresso para facilitar a naturalização, mas enfrentam resistência.
- Casos como os de Julio Torres e David Bariu mostram danos pessoais graves e consequências humanitárias.
Conclusão
A história de Julio Torres é sintomática: veteranos que defenderam o país hoje vivem sob a ameaça de deportação por políticas migratórias mais duras. São mais de 100 mil pessoas nessa situação — uma questão que mistura justiça, política e saúde pública. O Congresso debate mudanças, mas a urgência permanece: acelerar a cidadania é, para muitos, uma medida necessária para reparar danos e proteger famílias, diante de um cenário em que planos por deportações em massa e sistemas de controle ampliados têm alimentado medo entre imigrantes.
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