Trump prepara taxa de US$ 100 mil para candidatos ao visto H-1B
O presidente Donald Trump deve assinar uma ordem executiva que impõe uma taxa de US$ 100 mil a cada candidato ao visto H-1B, medida que mira trabalhadores qualificados de tecnologia e engenharia. A intenção oficial é combater supostos abusos do programa e reduzir a entrada de profissionais estrangeiros — uma mudança que pode impactar contratações e grandes empresas do setor, inserida em um conjunto de propostas para reformar o sistema de vistos H‑1B. Matéria relacionada: https://www.gazetanews.com/imigracao/2025/09/504484-trump-quer-cobrar-taxa-de-uss-100-mil-em-vistos-para-trabalhadores-qualificados.html
O que propõe a ordem
- Taxa única de US$ 100.000 por candidato ao H-1B.
- Revisão dos critérios de salários mínimos (prevailing wage) aplicáveis aos portadores do visto.
- Objetivo declarado: reduzir fraudes e limitar a entrada de trabalhadores estrangeiros, complementando outras mudanças recentes nas cobranças e requisitos consulares que tornam o processo mais oneroso, como o aumento de custos de vistos previsto para os próximos meses (estimativas de aumento).
Impacto prático
- Quem paga: candidatos ao H-1B (ou as empresas que os patrocinam).
- Valor: US$ 100.000 por processo, além das taxas já existentes e possíveis novas cobranças administrativas (ajustes recentes de taxas).
- Consequência imediata: aumento drástico do custo de contratação internacional, provável redução de pedidos e mudança de estratégia das empresas de tecnologia.
Detalhes sobre o H-1B
O visto H-1B é o principal mecanismo para trazer trabalhadores temporários altamente qualificados, muito usado por empresas de tecnologia e engenharia. O programa tem atualmente um limite anual de 85.000 vagas e já envolve várias taxas administrativas que podem somar milhares de dólares por processo.
Empresas que mais recorrem ao H-1B: Amazon, Microsoft, Google, Apple, Meta e Tata, entre outras. A proposta de cobrança de US$ 100 mil tornaria a importação de talento estrangeiro substancialmente mais onerosa, especialmente para startups e PMEs. Profissionais e empregadores que buscam alternativas ou orientações práticas podem consultar guias sobre como conseguir emprego nos EUA sendo estrangeiro e processos de visto de trabalho, como os disponíveis para quem busca oportunidades em Orlando ou quer entender os passos para obter autorizações de trabalho (guia para estrangeiros, visto de trabalho para brasileiros em Orlando).
Reações e contexto político
- Críticos afirmam que o H-1B tira vagas do mercado de trabalho doméstico e defendem medidas mais rígidas.
- Defensores dizem que o visto é essencial para manter a competitividade dos EUA e trazer especialistas que não estão disponíveis internamente.
- A medida reflete tensões internas na base política e no diálogo com o setor privado, que alerta para impactos sobre inovação e cadeias de produção.
- Ao mesmo tempo, o endurecimento do sistema vai ao encontro de outras iniciativas do governo, como maior fiscalização pela agência de imigração e mudanças no quadro judicial que têm gerado controvérsia (maior atuação de agentes do USCIS, demissões de juízes de imigração).
Números recentes e próximos passos
- Vagas anuais do H-1B: 85.000.
- Pedidos para o ano fiscal 2026: 359.000 (menor total em quatro anos).
- Taxa proposta: US$ 100.000 por candidato.
Relatórios indicam queda no número de pedidos e sinalizam que a ordem executiva pode ser assinada em breve. Além da cobrança, é provável que venham ajustes nas regras salariais e em exigências administrativas, em linha com iniciativas anteriores do governo que incluem revisão e possível cancelamento de autorizações por suspeitas de irregularidade (programas de revisão de vistos) e exigência de entrevistas presenciais para a maioria dos vistos (mudança nas exigências consulares).
Consequências para empresas e mercado
- Contratações podem ser travadas ou redirecionadas para outros países.
- Gigantes como Amazon, Microsoft e Google terão custos maiores ou precisarão ajustar planos de recrutamento; setores locais de tecnologia podem sentir impacto na oferta de especialistas (mercado de trabalho em tecnologia).
- Startups podem perder competitividade por dificuldade em atrair talento internacional; empreendedores e RH precisarão avaliar custos e alternativas como investimento em formação local ou terceirização.
- Possível efeito colateral: pressão para aumento de salários locais, outsourcing ou investimento em treinamento doméstico, além de maior interesse em entender as diferenças do setor de tecnologia entre os EUA e países como o Brasil (comparativo entre indústrias).
Conclusão
A proposta de cobrar US$ 100.000 por candidato ao H-1B é uma mudança drástica que combina objetivo político com impacto econômico direto. Pode frear entradas de profissionais e forçar empresas a reverem estratégias de contratação, ao mesmo tempo em que aprofunda o debate entre proteção de vagas locais e necessidade de talentos globais.
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Fonte adicional: https://www.gazetanews.com/imigracao/2025/09/504484-trump-quer-cobrar-taxa-de-uss-100-mil-em-vistos-para-trabalhadores-qualificados.html