Com o início da temporada de furacões no Atlântico neste sábado, 1º de junho, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou a lista oficial de nomes que serão usados em 2025 para batizar tempestades tropicais e furacões. Esses nomes fazem parte de um sistema internacional criado para facilitar a comunicação durante emergências climáticas, especialmente entre autoridades, imprensa e população.
Quando começa e termina a temporada de furacões?
A temporada de furacões no Atlântico ocorre anualmente entre 1º de junho e 30 de novembro. É nesse período que as condições atmosféricas e oceânicas são mais favoráveis à formação de ciclones tropicais, especialmente nas águas do Oceano Atlântico, Mar do Caribe e Golfo do México.
Para 2025, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) prevê uma temporada mais intensa que a média. A estimativa é de:
- 13 a 19 tempestades nomeadas (com ventos mínimos de 63 km/h)
- 6 a 10 furacões (ventos acima de 119 km/h)
- 3 a 5 grandes furacões, de categoria 3 ou superior (ventos a partir de 178 km/h)
Essas tempestades podem afetar diversas regiões, inclusive a Flórida, que frequentemente está na rota dos sistemas tropicais.
Lista oficial de nomes para 2025
A cada nova tempestade que atinge a intensidade mínima, um nome da lista oficial é atribuído, em ordem sequencial. Os nomes definidos para 2025 são:
Andrea
Barry
Chantal
Dexter
Erin
Fernand
Gabrielle
Humberto
Imelda
Jerry
Karen
Lorenzo
Melissa
Nestor
Olga
Pablo
Rebekah
Sebastien
Tanya
Van
Wendy
Por que nem todas as letras do alfabeto são usadas?
Embora o alfabeto latino tenha 26 letras, apenas 21 nomes são selecionados para cada temporada. As letras Q, U, X, Y e Z são excluídas por não haver uma quantidade suficiente de nomes comuns começando com essas iniciais. Além disso, a convenção da OMM determina a alternância entre nomes masculinos e femininos. A lista de 2025 começa com um nome feminino (Andrea), enquanto a de 2026 começará com um nome masculino.
Como esses nomes são escolhidos?
As listas de nomes são definidas com seis anos de antecedência e são reutilizadas, a menos que um nome seja retirado por estar associado a uma tempestade especialmente destrutiva ou fatal. Quando isso ocorre, o nome é substituído permanentemente.
Em 2025, por exemplo, o único nome novo é Dexter, que entrou no lugar de Dorian, retirado após o furacão devastador que atingiu as Bahamas em 2019. Nomes como Andrea já foram utilizados em outras temporadas, como em 2019, 2013 e 2007.
Por outro lado, nomes como Beryl, Helene e Milton foram removidos após causarem destruição e mortes em 2024. Eles foram substituídos por Brianna, Holly e Miguel, que só entrarão oficialmente na lista de 2030.
E se houver mais de 21 tempestades?
Caso a temporada registre mais de 21 tempestades nomeadas, será usada uma lista suplementar, implementada em 2021 para substituir o antigo uso de letras do alfabeto grego. A mudança foi feita porque o uso de letras gregas causava confusão durante situações emergenciais.
A lista suplementar inclui nomes como:
Adria
Braylen
Caridad
Deshawn
Emery
Foster
Gemma
Heath
Isla
Jacobus
Kenzie
Lucio
Makayla
Nolan
Orlanda
Pax
Ronin
Sophie
Tayshaun
Viviana
Will
Por que nomear as tempestades?
O uso de nomes para tempestades tropicais começou oficialmente em 1963. O principal objetivo é facilitar a comunicação, especialmente durante alertas e evacuações. Nomes curtos e distintos ajudam a evitar confusão, principalmente quando há mais de uma tempestade ativa na mesma época.
Nomear tempestades permite:
- Melhor comunicação entre meteorologistas, autoridades e o público
- Facilidade para o público lembrar e acompanhar alertas
- Maior agilidade em operações de emergência e preparação
Com a previsão de uma temporada mais intensa em 2025, é fundamental que moradores de áreas costeiras fiquem atentos aos alertas emitidos pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) e sigam as orientações das autoridades locais.
